uma boca cheia de palavras

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Amar

Escolhemos quem queremos amar, mas amamos quem não escolhemos.

Se te amar, não penses que é por querer, foi apenas uma coincidência. A magia dos sentimentos levou-me a valorizar-te mais, desculpa se não querias.
Aceitaste-me sem me conhecer, sem me criticar. Amas-me por ser quem sou, por sentir o que sinto. Defendes-me mesmo quando estou certa ou errada. Criticas-me para me acordares, e não para me magoares. Gritas-me para que eu ouça o que não quero ouvir.

Beijas-me para que sinta o que receio sentir. Abraças-me para me segurares quando estou a cair. Continuas aqui porque sentes o que sinto.
A ti apenas te posso dizer: obrigada.

A lágrima que deixei cair, contigo foi evaporada. O medo que eu desenhava, contigo foi apagado. O sorriso que encerrava, contigo foi libertado. O sentimento prisioneiro no meu cofre, contigo foi descoberto.
Deixa-me sentir que sentes o mesmo. Deixa-me notar que queres continuar com tudo o que construímos.

Como um pequeno e frágil barco no mar, navego procurando conforto, procurando equilíbrio numa tempestade sem fim. Fui levada pelas correntes, deixada ao sabor das ondas, sem destino, sem futuro. Até que avistei terra, e o porto seguro lá estava. Atraquei, com receio do que ia acontecer, mas aceitei as consequências da confiança que lhe depositava, após aquela tempestade queria de novo a serenidade.

Contigo de novo aprendi a ser feliz.


Βγ βεατяιz Ѕιποεs

Sem comentários: