uma boca cheia de palavras

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Desilusões

Podes pensar que por ser diferente, sou uma aberração. Que por lutar pela minha vida, deixando o que perdi, é uma desistência. Mas se ficar parada no passado com esperança que voltará, nunca mais serei feliz. E eu preciso de provar a felicidade, de senti-la, pelo menos uma vez. Preciso de aprender a levantar-me com a cabeça erguida, para que na próxima queda já saiba o que fazer.
Eu quero ter certezas, quero ter estabilidades, e não viver numa tempestade em que o barco está constantemente em risco de naufragar. Preciso de impor a bandeira branca que tenho na mão, no meio do campo de batalha. Quero gritar ao medo e à raiva que a batalha está ganha, e fui eu que sai vitoriosa por querer a paz entre nós. Quero aprender a compreender os factos, os porquês da vida, os senãos e os mas, que mais tarde perceberei, e aceitarei mais facilmente.
Então vou seguir em frente, vou aprender a ser feliz, e quando o for realmente, irei novamente encontrar-me com o passado, meter-lhe a língua de fora e mostrar-lhe que não me assombrou o futuro.
Talvez fosse bom assim, sofrer por desilusão, sofrer por ter demasiadas expectativas… Torna-me mais ponderada, e consciente, ajuda-me a ser mais forte, e prudente.
Aprender, é o verbo mais significante na vida. Ensinar é o verbo mais difícil de conjugar. Ambos, juntos mostram-nos um mundo, nosso e ao mesmo tempo da sociedade em geral. Tiro a pequena conclusão desta desilusão: eu quero aprender, para depois ensinar. Ensinar a sofrer, e chorar. Ensinar a confiar, e a odiar. Ensinar a amar e compreender. E só poderei fazer isso com a aprendizagem de uma vida cheia de obstáculos.

Βγ βεατяιz Ѕιποεs

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