uma boca cheia de palavras

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Uma noite de Luar

Enquanto admirava as estrelas, percebi que tudo estava interligado. Reparei no contraste que o escuro do céu fazia com o brilho das maravilhosas estrelas, na harmonia das nuvens que viajavam pelo infinito azul. A sincronia que havia entre o vento e a dança das leves flores era esplêndida. Desejei que aquele momento não acabasse.
A alegria dos pequenos pirilampos, a discrição dos tímidos grilos, a ousadia dos gatos a comporem serenatas para conquistarem o amor sob a lua. Ambiente magnífico, que presenciei naquela aconchegante noite. Tudo se completava… A solidão era posta de parte, pois era numa noite de Verão que o mundo se unia num laço perfeito de amizade.
Aquele céu azul convidava-me para mergulhar numa dança que não teria fim. Lua Cheia, Lua Encantada. Rainha da Noite que sorria a tudo o que era extraordinário e oferecia brilho num acto altruísta, fazendo com que aquele momento fosse mágico.
Poderei dizer que foi numa bela noite de Verão que entendi que nem tudo é amargo, que a noite não é um momento de infelicidade e isolamento, apenas depende da maneira como interpretamos as situações. Eu tive um ponto de vista diferente de todos, o que me levou a perceber melhor a essência de uma sublime Lua Cheia.

Um pensamento escapou-me como um sussurro:
“Se tudo se completa, se tudo se une, onde está a peça ideal que se encaixe a mim de maneira a fazer com que tudo seja perfeito?”
Talvez estivesse a sonhar mas, tinha a esperança que um dia encontraria o que desejava.
Não sei se foi por puro acaso, se por teres ouvido o meu leve sussurro, mas quando entraste no meu sonho, já o puzzle estava completo, eras tu a peça que faltava.
As noites tornaram-se ainda mais deslumbrantes ao saber que estavas ao meu lado para as admirar, e notar o que havia de mágico.
E assim um ano passou a adorarmos juntas as nossas noites de sonho com a Lua Cheia a proteger-nos com o seu brilho. Um ano passou a imaginarmos o nosso mundo ideal com bastantes cores e com a única perfeição existente: tu. 365 Dias a dividirmos tristezas e a multiplicarmos felicidades.
O tempo que não estou contigo transforma-se em séculos ao notar o quão estás longe.


Βγ βεατяιz Ѕιποεs