A cada passo que dou, a cada segundo que passa, a cada palavra que verbalizo, sinto que o fim se aproxima. Estende-me a mão para que possa aceitar o limite de viver, mas eu nego-a. Vou negar. Vou negar até a última lágrima secar, até a memória mais remota se esquecer. Vivo para sentir a dor, a felicidade, o medo, a glória. Vivo para me sentir atravessada por variadas emoções. Vivo para amar, amo para viver. Mas quando essa última lágrima secar, fico imune a sentimentos. Quando essa memória se esquecer, serei também eu esquecida. Tomo esse último passo, vivo esse último segundo, gasto a minha última palavra: ‘limite’. Aceito a mão, convicta do fim, e assim finalmente acabou a vida. Vivi para atingir o limite.
Βγ βεατяιz Ѕιποεs
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